quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

terça-feira, 17 de janeiro de 2017

Preparados?


Capa de chuva?
Desembaçador de Viseira?
Guardian Bell instalado?
Mandinga encomendada?





Na estrada!



Enfim, a reforma da gorda terminou! Bem, quero dizer, com uma moto dessas  trabalho nunca termina, certo?

Mas ao menos a gorda está pronta para a estrada! Mais uma velhinha que retorna aos seus dias de glória.


segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Venda da Fat Boy - A Saga

Preciso de um auxílio para encontrar dois grupos de ajuda:


1) Grupo de Ajuda aos Proprietários de Fat Boy que Precisam Querem Vender a Gorda

2) Depois que a ajuda do primeiro grupo for bem-sucedida: Grupo de Ajuda aos Ex-proprietários de Fat Boy que se Arrependeram de vender a Gorda...


Com pouco mais de 3 anos de uso, e 80.000 km's muito bem rodados, é como diriam as minhas filhas: "Mas já é parte da família... não pode vender não!"

Bem, não gosto de fazer nada com muita pressa... Mal fez um ano que eu já estou pensando em vendê-la. Talvez eu espere só mais um pouquinho!


quarta-feira, 5 de junho de 2013

Na minha moto, não!




O texto a seguir é resultado da minha reflexão de algum tempo já depois de ler uma publicação em um fórum americano. O título original, salvo engano, é "Not on my bike!". Só não é um plágio mais descarado porque infelizmente eu não encontrei mais essa publicação para, literalmente, traduzir o seu conteúdo e colocar aqui. Mas vamos lá:

Observem a imagem acima... Já posso até imaginar as reações: "Irresponsável!", "Esse cara é maluco!", ou as mais elaboradas, tais como "há que se considerar a situação sócio-política-econômica do país de origem deste pobre cidadão, que muitas vezes nem pode se dar ao luxo de gastar dinheiro com transporte público, isso quando o mesmo está disponível, e se já ter uma bicicleta é motivo de distinção social, que dirá esse felizardo que possui um veículo motorizado, blá blá blá". 

Você faria uma coisa dessas? Nem pensar? Então vejamos.

Sabe quando você, sozinho (ou sozinha), começar a literalmente conversar consigo mesmo? Talvez aquela discussão com o seu chefe não tenha terminado bem, e daí você meio que recomeça a discussão novamente, só que dentro da sua cabeça?

Ou aquele diálogo com o seu filho que faz tempo que você está planejando: O ensaio se inicia dentro do seu cérebro, e quando você menos percebe, já dá para escrever umas 45 páginas de script com tudo o que já ocorreu dentro da sua caixola? Muita gente faz isso, até sem perceber. Andando a pé, dentro do carro esperando o semáforo abrir (e mesmo quando o semáforo já abriu), e, em cima da moto.  Digamos que você esteja no meio de um embate desses, dentro do seu carro, e não percebe que o semáforo fechou: Dá aquela freada, o coração sobe para uns 160 batimentos por minuto e, na maior parte das vezes, o pior que acontece é um rubor na face quando se imagina os olhares em cima de você ou do seu carro (que legal que é essa película escurecedora que a gente coloca nos vidros do carro, não é mesmo?) Claro, às vezes, o coitado que está na sua frente acaba por ter um torcicolo repentino, além de ficar imaginando onde diacho ele colocou o cartão do corretor de seguros. Acontece coisa pior também, mas não vou me alongar mais sobre isso: Você já deve ter elaborado uma imagem mental bem específica a respeito do que eu estou falando.

E, falando em imagem mental, alguns já começaram a pensar: "E na moto?". Pois bem, eis o argumento desse texto (quero dizer, o argumento do texto que eu estou quase plagiando aqui, lá daquele fórum gringo que eu não me lembro mais nem o endereço): Quando você inicia essas verdadeiras cenas dramatizadas dentro da sua cabeça, você está, de forma figurada, trazendo esses interlocutores para cima da sua moto!

Então você está pilotando um monte de ferro (muitas vezes pesando mais de 300kg), com um líquido altamente inflamável no meio das suas pernas, sobre duas rodas, em muitos casos a mais de 100 km/h, e sem aviso prévio começa a trazer pra cima da sua moto um monte de gente com quem você começa a travar verdadeiros diálogos? 'Tá louco? 

Aqui vai um conselho: Quando isso começar, fale bem alto pra você mesmo (Se estiver de capacete fechado, ou se não se incomodar de parecer um lunático falando sozinho, verbalize mesmo, bem alto) - "NA MINHA MOTO, NÃO!". 

Passe a prestar mais atenção na pilotagem, defensivamente, com o cuidado e a responsabilidade requeridos em uma moto. Sempre. Curta a viagem. Ouça o motor da gorda (ou da magrela), perceba a ciclística, observe a sua vizinhança. Antecipe os movimentos dos outros carros na sua frente, ao seu lado, e também atrás de você! 

Dando uma de Carlos Castaneda (para quem já leu, vai entender),  pratique o "Não Pensar".

E eu vou falar: Não é fácil. Outro dia eu estava conduzindo uma pequena reforma aqui na minha oficina, e o que deveria ser uma simples parede lisa tinha tanto "entalhe" e tinta escorrida que mais parecia uma obra de arte moderna (daquelas que a gente nem sabe porque é que chamam de "arte"). Logo pela manhã, chamei o Seu Benedito (nome fictício do Pedreiro-Pintor-Encanador-Master-Blaster-of-the-Universe que nos ajuda por aqui de vez em quando) e dei aquele sermão.

Pois muito bem, diretivas compartilhadas e já paramentado, subo na moto e traço a rota para São Paulo.

Lá pelos quilômetros 50-e-tantos da rodovia Castelo Branco meu cérebro decidiu que a conversa com o Seu Benedito não foi suficiente... E lá vai o diálogo interno comendo solto: "Aqui, seu Benedito... não teria sido melhor pintar com rolinho? E essa lixa? dá só uma olhada nas marcas que ficou! Puxa, é simples: Deixa a massa corrida secar primeiro, depois pega assim, blá blá blá". Uma freada repentina de um Clio na pista da esquerda me tirou do transe. Parei por 0,2 segundos para avaliar a situação: O motorista do Clio, aparentemente descontente com o caminhão tamanho Jamanta-Plus-Mais que vinha atrás dele também pela pista da esquerda, decidiu que era o Thor (ou algum outro Deus Imortal, para imaginar que seria páreo para aquele mastodonte sobre rodas), estava decidido a mostrar todo o seu poderio em plena rodovia, cuspindo testosterona pelo escapamento. Na pista da direita logo a frente, uma caminhonete soltava tanto barro seco que parecia ter saído de algum enduro off-road. E, na pista central, logo atrás de mim, ele: Giorgio Armani! Ou pelo menos alguém da mesma estirpe, a julgar pelas altas costuras que ele vinha desempenhando.

"Seu Benedito, sai pra lá!", brandi dentro do meu capacete. Usei mais 0,3 segundos para avaliar a situação e, sem perder mais tempo, enrolei o cabo ultrapassando o Deus Nórdico na minha esquerda, seguindo para a pista da direita na frente do caminhão cospe-lama, dando passagem para o 'Gio' (para os íntimos).

Pronto... velocidade de cruzeiro estabelecida, lá vou eu mais uma vez incólume para a labuta.

O Seu Benedito? Ah, ele está ótimo! A parede já ficou lisinha e já está combinado: Na minha moto, nunca mais!







quarta-feira, 8 de maio de 2013

A irmandade entre os motociclistas: Lenda, Modismo, ou algo Verdadeiro?


Não faz muito tempo que eu me inseri nesse universo do motociclismo. Mais especificamente, minha história sobre duas rodas começou em Dezembro/2010. Começou ali uma relação de homem & máquina, que logo se tornou, digamos, um certo "estilo de vida". Não tardou para que essa relação fosse amplificada para os grupos de motociclistas, e aqui entra o meu argumento para esse post: - Como é que se forma, em tão pouco tempo, o sentimento de irmandade que cultivamos em nosso convívio com outros motociclistas? Note, eu não quero fazer apologia aos motoclubes, pois até onde eu pude apreender sobre eles, é uma outra história. Não é boa e nem ruim, é só uma outra história. Uma que eu não me arrisco neste momento a opinar, compartilhar, e tampouco publicar alguma coisa, por uma razão: Eu não conheço.

Essa irmandade a que me refiro talvez possa ser bem ilustrada através de um comentário tecido por alguém do grupo com quem me relaciono nesse universo de motociclistas, e que eu aprendi a zelar e respeitar. Disse ele em certo momento: "Não fosse por este grupo, eu não teria metade das pessoas de círculos tão diferentes quanto as que fazem parte do meu círculo de amigos atualmente... Pessoas com pensamentos e estilos de vida tão diferentes do meu, que seria muito difícil imaginar que um dia estaríamos cruzando os nossos caminhos" (ok, ok... não foi beeem com essas palavras que ele fez a observação, mas a idéia está aí). 

Bem, certamente não é lenda. 

Talvez tenhamos pessoas que se aproxima de grupos de motociclistas por modismo. Na minha crença, contudo, essas aproximações quando feitas com esse pretexto, são supérfluas. Não tardam a se dissolverem.

Então, por que perduram? Digo, esses grupos? Está bem, eu admito que, se eu colocar em certa perspectiva o tempo que o meu próprio grupo existe, não dá para afirmar que estamos juntos desde Mil-Novecentos-e-Guaraná-Com-Rolha... Então sob esse olhar - ou essa perspectiva - alguns podem inferir: - Ainda não perdurou! Pode ser; a gente volta a falar disso daqui a uns 20 anos...
Mas a intensidade dos relacionamentos que se formaram, em específico dentro do meu grupo, é algo a ser notado. É o que me motivou a escrever esse post, de qualquer forma. 


Acho que é um tema que - a exemplo do que realmente acontece contigo (ou comigo) em cima de uma motocicleta - tem suas origens em um plano bastante individual. Por mais que o sentimento de pertencimento esteja ligado conceitualmente a uma noção de grupo, na minha opinião essa irmandade se forma pela convergência de sentimentos e posições sociais bastante individualistas (ou individuais, melhor dizendo).

Nesse sentido, eu estaria especulando se escrevesse sobre o que eu acho que se passa na cabeça de cada um. Será mais legítimo compartilhar com vocês o que se passa na minha cabeça.

Então, vem a pergunta: - O que se passa na minha caixola? 


Certa vez eu comentei em um post de um blog de outro colega a respeito do que eu gosto no fato de ser um motociclista (ou de ter uma motocicleta, não lembro bem). A palavra que eu usei foi "desapego". Eu não percebo alguns dos adjetivos que se repetem com bastante freqüência entre os motociclistas, tais como sensação de liberdade, rebeldia, ou até mesmo o fato de parecer "sujo e malvadão" em cima de uma Harley... Tá bom, acho legal ter cara de sujo e malvadão...


Mas voltando ao ponto: Quem se lembra da época de andar de bicicleta (para quem passou por isso)? Mas andar em grupo, seguindo pelas ruas e indo cada vez mais longe? O sentimento que eu tenho hoje em cima da minha moto é muito parecido com o que eu sentia naquela época, que é desapego. Uma noção diferente do (passar do) tempo. E, de forma inequívoca, essa sensação acaba convergindo de maneira oposta na minha postura em relação ao grupo. A gente acaba por assumir uma postura que não tem nada de individual. A gente comemora as vitórias do colega, fica feliz com as suas realizações (em particular ligadas a moto!), fica preocupado, ansioso, quer ajudar, estende a mão e aceita a mão estendida. E, no fim do dia, estaciona a gorda na garagem e volta a tocar a vida, esperando pela próxima semana, pelo próximo encontro! Acumulam-se as boas lembranças, perduram-se as preocupações enquanto essas são pertinentes, preservam-se os pensamentos positivos para quem precisa deles. Tem também algumas lições aprendidas, reflexões (algumas muito relevantes), e os laços vão se estreitando cada vez mais. O desapego mesmo, só em cima da moto, ligada, me levando pra algum lugar...


Bem, acho que é mais ou menos assim em qualquer grupo, em qualquer relação humana. No fim das contas, amizades são feitas assim mesmo.

Mas, vamos combinar uma coisa? Vivenciar tudo isso de moto é MUITO mais legal, né? 



quarta-feira, 1 de maio de 2013

Road King Police - Complete Restoration - CR's Task Force

 

E os trabalhos de restauração da Véia começaram!


A partir da esquerda: Roger, Pepino, Nuts, Eu, Sergião, Rebel e o Paulinho
Os Coisa Ruim estiveram neste último Sábado na Vonzolândia para me ajudar a dar os primeiros tapas na Véia, para colocá-la em toda a sua forma original. O dia foi muito especial, com todos ajudando, opinando, e dando a sua contribuição para levantar a gorda! 

No dia seguinte, a moto descansando em seu andador!


O resultado, ainda que em sua fase preliminar, foi sensacional! Vocês podem ver na foto ao lado. O próximo passo será o carburador (reparos encomendados) e o diagnóstico da embreagem. Dependendo do que eu encontrar quando desmontar a primária, já vou encomendar um kit da Barnett, que me pareceu bastante robusto. Farei as atualizações aqui no blog a medida em que a reforma for evoluindo.


Dia da vistoria: Verificando o estado geral
da futura aquisição!

Explicando: Adquiri essa Road King Police 1998 em um leilão realizado aqui em São Paulo, em Abril deste ano. Na ocasião foram leiloadas, entre algumas centenas de carros, caminhões e sucatas, 10 motos Harley Davidson Police (anos 1997 e 1998) que eram utilizadas pelo pelotão de escolta da Polícia Militar de São Paulo. Eu e o Marcelo Pepino nos embrenhamos na árdua jornada de 1) Irmos até o pátio diagnosticar as motos, e 2) participarmos no dia seguinte do leilão. Devo dizer que a experiência, ainda que extenuante, foi muito bacana! As motos estavam entre os últimos lotes leiloados, mas, como ainda não conhecíamos a dinâmica do evento, ficamos por lá desde o início. Chegamos antes das 09h00, e as motos devem ter entrado no circuito por volta das 15h30. A longa espera foi diametralmente oposta ao tempo em que as motos foram arrematadas: Não deve ter levado mais de 15 minutos no total para que todas elas estivessem distribuídas entre os interessados. 


Visão de outro ângulo


Aos que estão pensando se "vale a pena" se enveredar em uma iniciativa dessas, o que eu posso fazer é compartilhar com vocês a minha opinião pessoal: Isso depende inteiramente do seu objetivo! Se o foco é adquirir uma moto dessas para depois restaurá-la e vender visando lucro, tenho cá as minhas dúvidas. As motos saíram entre R$ 17k (a pior delas, que por sinal achei extremamente 'over') e R$ 22k. Há que se considerar alguns aspectos, tais como: 1) Quanto custa uma RK Evo carburada "em cima" no mercado atualmente? 2) O fato de que o modelo é uma RK Police pesa entre os potenciais compradores? 3) Tem mercado? 4) Quanto custará para colocar a moto em pé? Tenho cá as minhas opiniões sobre esses e outros aspectos, mas, prefiro que cada um faça o seu próprio juízo. Se o objetivo é ter uma moto para rodar, como um veículo de transporte como outra moto qualquer, bem... Acho que há opções melhores por aí.

Alguns fatores me motivaram: Eu quero aprender mecânica de motos. De motos Harley Davidson, mais especificamente. Por quê? Bem, por curiosidade, para ter um hobby, enfim... 'whatever'. Eu queria ter uma RK. E também queria ter uma moto carburada. Juntando esses fatores e o preço que eu paguei, posso afirmar categoricamente: Valeu MUITO a pena! Considerando então o prognóstico preliminar que eu e minha turma fizemos sobre ela para colocá-la em pleno funcionamento, até mesmo se eu quisesse lucrar com a gordinha acho que lograria sucesso!

Agora é arregaçar as mangas, esmerar na leitura dos manuais técnicos que consegui garimpar, ouvir atentamente aqueles mais experientes na ciência da mecânica dessa belezura, e seguir em frente!